sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Primavera


Quando o inverno chegar

Eu quero estar junto a ti

Pode o outono voltar

Eu quero estar junto a ti

Porque (é primavera)

Te amo (é primavera)

Te amo meu amor

Trago esta rosa (para te dar)

Trago esta rosa (para te dar)

Trago esta rosa (para te dar)

Meu amor...

Hoje o céu está tão lindo (sai chuva)

Hoje o céu está tão lindo (meu amor)

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Meu Olhar


A luz que acende o olhar
Vem das estrelas no meu coração,
Vem de uma força que me fez assim,
Vem das palavras,lembranças e flores regadas em mim.
O tempo pode mudar,
A chuva lava o que já passou,
Resta somente o que eu já vivi,
Resta somente o que ainda sou.
A luz que acende o olhar
Vem pelos cantos da imaginação,
Vem por caminhos que eu nunca passei
Como se a vida soubesse de sonhos que eu nunca sonhei.
Vem do infinito, da estrela cadente,
Do espelho da alma,Dos filhos da gente,
De algum lugarSó pra iluminar.
A força vem de onde eu venho,
De tudo que acende e a vida calada
Me olha, e entende o que eu sou,
Tudo o que é maiorVem do amor,
vem do amor.
A luz que acende o olhar
Vem dos romances que viram poesia,
Vem quando quer, se quiser, se vier,
Vem pra acender e mostrar o amor que a gente não via.
Vem como um passe de pura magia,
Como se eu visse e jurasse que há tempo já te conhecia.
Vem do infinito, da estrela cadente,do espelho da alma,
Dos filhos da gente,de algum lugar só pra iluminar.
A força vem de onde eu venho,
De tudo que acende e a vida calada,
Me olha e entende o que eu sou,
Tudo que é maior,vem da luz que acende o olhar,
Vem das histórias que me adormeciam,
Vem do que a gente não consegue ver,
Vem e me acalma, me traz e me leva pra perto de você...
E me leva, mais pra perto de você.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

A Morte



Sujos sentidos no escuro.Brisa leveRosto pálido.Um grito se escuta,Mas o mundo está só!Na imensidão O infinito parece te olhar E o mar, que de longe se avista Bate ondas com o vento.De repente...Uma luz estranha aparece Tudo paralisa E os olhos congelam Nada faz sentido Perante o juízo Um tremor começa a aparecer E os olhos lacrimejantes Parecem esperar uma resposta.Resposta esta que secidirá o que exatamente não foi descoberto:Uns dizem ser o bem e o mal Eu acredito que será o final Mas o que podemos dizer sobre isto??Os sonhos desapareceram Palavras não são escutadas Gestos não são vistos O corpo vira apenas um detalhe E o coração já não bate mais.Penar em acordar?Creio que não será possível.O que sei ou o que penso saber,É que não seremos nós a decidir A vontade dele é maior!!Somos loucos incompreendidos A procura da salvação E acabamos pedindo perdão, Mas já é tarde de mais...Preferimos acreditar que somos imortais E que o mundo é nosso E nos esquecemos do grande criador Que nos deu o poder de achar ser o melhor Nos deu o poder da vidae quem sabe também tirou...Nos deu um castigo Do qual não entendemos o que seje..Apenas esperamos e vivemos da maneira que achamos ser certa.Aguardando o momento em que poderemos dizer:Estou Pronto E aí...Ah!!! Não tem como escapar É ela que vem chegando Para nos dizer que chegou a hora de ir embora...E quando simplesmente dizemos adeus ao mundo...BERROS, SUSPIROS, SOLUÇOS E LÁGRIMAS E tudo se acaba...Sem lógica...Só por acabar...Isso é o que chamamos de...MORTE

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Não ensaie!


A Vida é uma peça de Teatro...Que não permite ensaios.Por isso...Cante, chore, ria, dance e viva intensamente,Antes que a cortina se feche...E a peça termine sem aplausos!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Soneto 11


Amor é fogo que arde sem se ver;

É ferida que dói e não se sente;

É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer;


É um não querer mais que bem querer;

É solitário andar por entre a gente;

É nunca contentar-se de contente;

É cuidar que se ganha em se perder;


É querer estar preso por vontade;

É servir a quem vence, o vencedor;

É ter com quem nos mata lealdade.


Mas como causar pode seu favor

Nos corações humanos amizade,

se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Confesso


"Confesso, acordei achando tudo indiferente. Verdade, acabei sentindo cada dia igual. Quam sabe isso passa sendo eu tão inconstante, quem sabe o amor tenha chegado ao final. Não vou dizer que tudo é banalidade...Ainda há surpresas, mas eu sempre quero mais. É mesmo exagerou ou vaidade, eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz.
Não vou pedir a porta aberta, é como olhar pra trás. Não vou mentir, nem tudo que falei eu sou capaz. Não vou roubar teu tempo, eu já roubei demais.
Tanta coisa foi acumulando em nossa vida e eu fui sentindo falta de um vão pra me esconder. Aos poucos fui ficando mesmo sem saída. Perder o vazio é empobrecer. Não vou querer ser o dono da verdade. Também tenho saudade, mas já são quatro e tal. Talvez eu passe um tempo longe da cidade. Quam sabe eu volte cedo, ou não volte mais."

quarta-feira, 9 de abril de 2008

E começo eu com o Soneto de Fidelidade!

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinicius de Moraes, "Antologia Poética", Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág. 96.